Nesta semana, rumores começaram a surgir de que a Renault poderia entrar em séria crise financeira e por conta disso, tirar a equipe do grid da F1, mas o diretor do time, Cyril Abiteboul, desmentiu a possibilidade em entrevista à Autoweek.
Abiteboul expressou sua falta de paciência com os constantes rumores.
🗣“Eu posso negá-los, mas não sei se poderei parar com essas histórias porque elas estão circulando desde sempre”.
A montadora, assim como grande parte do mercado automobilístico, está em crise devido à pandemia da Covid-19. Várias fábricas estão fechadas, poucas vendas estão sendo registradas e os custos fixos são consideráveis.
A Renault tem um relacionamento próximo com o governo francês que detém 15% da montadora, mas o clima está pesado, já que o governo não quer que a Renault use a atual crise para retirar mais fábricas da França.
A marca tem feito isso nos últimos anos para diminuir custos, construindo linhas de produção na Turquia, Eslovênia e Argélia. Acredita-se que a montadora quer fechar mais fábricas na França nos próximos três anos para salvar $2.2 bilhões.
O primeiro ministro francês, Édouard Phillipe, disse na última quarta-feira, que o governo será intransigente com possíveis fechamentos de fábrica. O ministro da economia, Bruno Le Maire disse na quinta-feira que o governo planeja injetar $5.5 bilhões em empréstimos, mas que a medida ainda não tinha sido assinada.
Le Maire garantiu que qualquer empréstimo será feito apenas se a Renault mudar sua filosofia para carros elétricos, respeitar contratos e manter suas atividades tecnológicas na França.
Sugestões que indicam que a Renault possa desaparecer são um pouco exageradas e a equipe de F1 gera poucos custos em comparação com as fábricas da montadora, além de gerar valor promocional para seus carros.