Os times da F1 votaram contra a introdução dos novos pneus de 2020 para evitar a necessidade de desenvolver seus carros, de acordo com o diretor de automobilismo da Pirelli, Mario Isola.
🗣“Antes de tomarmos a decisão, conversamos muito com os times. Obviamente, a decisão foi bem tardia, considerando que tínhamos o desenvolvimento adicional e depois, a validação final em Abu Dhabi.” Disse Isola, em exclusividade, ao site RaceFans.
🗣“É claro que o novo produto tem um perfil diferente e isso afeta a aerodinâmica do carro. Como os carros já estão, digamos, 95% finalizados, os times não ficaram felizes em modificá-los novamente ou colocar mais recursos no desenvolvimento do modelo de 2020.”
🗣“Precisamos considerar que é um período particular, no qual os times estão envolvidos em projetos diferentes porque eles estavam correndo com o carro de 2019, desenvolvendo o de 2020 e já trabalhando no regulamento de 2021.”
🗣“Mesmo que ainda não tenham fabricado nenhuma parte física do modelo de 2021, algumas pessoas estão envolvidas em analisar, simular e finalizar o regulamento da próxima temporada.”
🗣“Então, é um período muito trabalhoso para nós e para os times. A decisão foi tomada, principalmente, pelo fato de que mantendo os pneus que tínhamos no ano passado, não modificamos nada nesse aspecto, não é um elemento adicional para se considerar em 2020.”
🗣“Eles conhecem o pneu, a curvatura de aprendizado que temos todos os anos quando introduzimos um novo composto não existe nesta temporada, então, eles podem focar em 2021 e desenvolver o carro de 2020 sem ter esses elementos adicionais que são variáveis em seu desenvolvimento.”
🗣“Então, é compreensível que, por um lado, eles decidiram manter o pneu antigo.”
Entretanto, Isola disse que a pressão mínima dos pneus terá que aumentar neste ano devido ao nível de pressão aerodinâmica, provavelmente, aumentar o estresse dos compostos.
🗣“Eles estão sabendo que devido ao fato do aumento do desempenho do carro de 2020, nós, provavelmente, teremos que aumentar um pouco a pressão neste ano.”